Namorada
do suspeito depôs e convenceu sobre sua inocência, diz polícia. Bombeiros ainda
não localizaram a arma do crime, jogada no Rio Formate.
A namorada do
caminhoneiro David Correia, suspeito de matar a dançarina Alini Gama, contou à
polícia na manhã desta sexta-feira (21) que não teve participação no crime e
que o namorado teria planejado tudo sozinho, em depoimento nesta segunda-feira
(24).
Para o delegado Adroaldo Lopes, responsável pelo caso, o depoimento de
Adayane Matias foi convincente e ele acredita que o suspeito quis surpreendê-la
como uma forma de amor.
David contou que matou
a dançarina, em Cariacica, na Grande Vitória, depois que ela venceu a namorada
dele em uma seleção para participar da gravação do DVD de uma banda de forró,
segundo informou a Polícia Civil.
Ainda segundo a polícia, David disse que a
namorada ficou depressiva por não ser a escolhida e que matou Alini esperando
que fossem substituí-la.
O delegado Adroaldo Lopes confirmou acreditar no
depoimento da dançarina. "Naquele sentimento pessoal de amor por ela, ele
já havia dito que era capaz de fazer qualquer coisa por ela, pela felicidade
dela. Essa qualquer coisa se resume nisso, matar os outros para que a
companheira reinasse de forma absoluta na banda", explicou.
Adayane, que também é
dançarina, prestou depoimento por mais de uma hora, na Delegacia de Homicídios
e Proteção à Mulher (DHPM), em Vitória. Ela explicou que ficou surpresa quando
soube que o namorado tinha cometido o assassinato.
"Eu não queria
isso e em nenhum momento eu deixei transparecer que queria tirar a Alini ou
alguma das outras três meninas que estavam participando. Eu não vou pedir
desculpas à mãe dela porque eu não tenho culpa e isso não vai fazer a filha
dela voltar, só quero que a família saiba que não sou culpada", disse.
Adayane ainda contou
que estava tentando uma vaga permanente de dançarina em uma banda de forró, mas
foi Alini a escolhida para gravar um DVD da mesma banda, marcada para o sábado
(22), em São Mateus, Nordeste do estado. "Eu participei de um teste dessa
banda, que gravaria o DVD.
A Alini foi como dançarina freelancer, que só
participaria de uma noite só de show e eu participaria do teste", explicou
Adayane.
Durante toda a tarde
desta segunda-feira, os bombeiros procuraram pela arma do crime no Rio Formate,
em Cariacica, local onde o suspeito afirmou ter jogado o objeto, mas não
encontraram. O delegado disse que vai ouvir David novamente, em depoimento
marcado para a manhã desta terça-feira (25).
O crime
De acordo com a
polícia, Alini foi morta em uma emboscada, por volta das 9h de sexta-feira
(21), no pátio de um hotel em Campo Grande, Cariacica. Segundo testemunhas, a
dançarina havia saído de casa para tratar de um contrato de trabalho.
Um dias
antes, ela foi procurada por telefone, por um homem que dizia querer
contratá-la. Ele marcou um encontro com a jovem mas na verdade era uma
emboscada para matá-la.
Ainda segundo Adroaldo
Lopes, ao chegar no ponto marcado, Alini atendeu uma ligação e quatro minutos
depois foi morta. O assassino estava em uma moto e atirou duas vezes contra a
jovem, que foi atingida pelas costas. A dançarina foi levada para um hospital
particular no mesmo município, mas não resistiu e morreu.
A família
Parentes da dançarina
ficaram abalados com a morte da jovem. “Nunca imaginava que minha sobrinha
tivesse morrido por um motivo tão banal. Não é possível que perder uma
oportunidade de trabalho seja motivo para matar alguém.
Se a moça não tinha
competência para conseguir o contrato naquele momento, que se levantasse e
buscasse a vitória. Minha sobrinha não estava tirando nada de ninguém, estava
apenas conquistando o espaço dela”, desabafou a tia, Rosa Gama, de 51 anos.
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