Congelamento
da tarifa dos estudantes, aumento de salário para os rodoviários e reajuste nos
materiais são principais motivos.
Santarém - Pouco mais
de uma ano depois do aumento na tarifa dos ônibus, o Sindicato das Empresas de
Transporte Coletivo Urbano de Santarém e Belterra (Setrans) reivindica mais um
reajuste. Desta vez, o sindicato estuda a possibilidade de que o preço da
passagem seja reajustado ainda este ano e para o valor mínimo de R$ 2,10.
O congelamento da
tarifa dos estudantes em R$ 0,65, que dura mais de cinco anos; o reajuste
salarial concedido aos motoristas e cobradores e o aumento no preço dos
combustíveis e das peças para os veículos são apontados como os principais
motivos para o reajuste.
“Nós reajustamos em
cinco por cento o salário dos rodoviários e demos um abono de 60 reais. Daí,
fomos pegos de surpresa por um reajuste do petróleo de cinco por cento. O pneu
aumentou 12 por cento, as peças de reposição aumentaram 15 por cento, a
carroceria aumentou 10 por cento. Com isso, a gente necessita que haja esse
aumento para que possamos compor os nossos custos”, afirmou o presidente do
Setrans, Washington do Vale.
Uma planilha está sendo
elaborada com os custos para ser apresentada à Secretaria Municipal de
Transportes (SMT). Caso haja o reajuste, a previsão é de que comece a valer
após as eleições.
“O impacto
significativo deve ser na renda. Para quem está empregado com carteira
assinada, só pode gastar seis por cento do valor do salário de vale transporte.
Agora, para quem não está empregado, como o valor da passagem é por conta dessa
pessoa, vai gastar muito mais”, analisa o economista José de Lima.
“O sindicato tem que
reivindicar o direito deles. Acho que se não for um aumento abusivo, deve valer
a pena ter um aumento”, afirmou uma passageira de ônibus. “Eu dependo de
transporte coletivo e fico durante muito tempo aguardando ônibus e as condições
são precárias, por isso eu não concordo com o aumento”, reclamou outra usuária dos
transportes coletivos de Santarém. “O aumento sempre atinge o bolso do
consumidor, sem falar que muitas empresas tem um péssimo atendimento. Eles
exigem aumento, mas não melhoram a qualidade dos serviços”, afirma, indignada
uma passageira de ônibus.
Por: Roberta Freitas.
www.notapajos.globo.com
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