Mariana
Ximenes posa de Lolita e Dominatrix para GQ.
Impossível não notar a
transposição perfeita de Mariana Ximenes em Sue Lyon como Lolita no melhor
filme sobre a personagem de Vladimir Nabokov, de 1962, direção de Stanley
Kubrick. Era a primeira vez que Humbert Humbert via Lolita de biquíni, tomando
sol – e é a primeira vez que você está vendo Mariana assim, de biquíni sob o
sol, em nossa capa de outubro. No romance do russo, Dolores, ou Lolita, tem 12
anos – aqui Mariana está um pouco mais adequada, aos impecáveis 31 anos. A
experiência e a ousadia lhe permitiram até topar ser duas faces para GQ. A
primeira, a dominada por um professor de literatura. A segunda, a que
domina, em látex, em uma noite qualquer. Mas Sue não foi a inspiração de
Mariana. “Impossível não pensar em Marilyn Monroe, sempre sensual, mas também lúdica
e inocente”, diz Mariana, à vontade nos personagens e citando outra loira
clássica, que talvez tenha sido tanto Lolita quanto Dominatrix na vida real. “É
uma mulher misteriosa, perigosa”, adverte sobre a segunda em seu ensaio.
GQ, em sua edição
impressa, tenta decifrar a mulher Mariana Ximenes nos textos especiais de
quatro homens que conviveram com ela: o poeta Ferreira Gullar, o cineasta
Andrucha Waddington, o músico Paulo Miklos e o publicitário Washington
Olivetto.
“Sonhamos acordados com a imagem desta mulher sempre tão nítida,
quase presença. Nós confundimos um pouco as coisas. Seu cabelo desarrumado.
Seus lábios anunciando devagar na maquiagem desfeita, um sorriso fugido do
batom. Assim como o mar, seus olhos mudam de cor e humor, desarmando qualquer
certeza a respeito dos seus sentimentos”, diz Paulo Miklos, que trabalhou com
Mariana no filme O Invasor, em 2001. A poesia é uma das
paixões de Mariana, desde os 13 anos, e Gullar sabe disso: “Graças a isso, pude
tê-la como intérprete de um poema meu, no vídeo que gravou para a exposição
comemorativa de meus 80 anos, no Museu Nacional de Belas Artes”.
Washington
define simplesmente assim a persona Dominatrix do ensaio de Mariana: “A
dominadora da paródia, a dominadora da sátira, a dominadora da chanchada, a
dominadora da Commedia dell’arte”.
Waddington,
que a dirigiu em Os
Penetras, preferiu ver a
evolução como atriz: “A atriz centrou, a voz de menina ganhou um tom grave,
quente, os sentimentos se tornaram sutis e os personagens mais complexos”. Bom,
por enquanto esse é o aperitivo que podemos te dar aqui no site. Veja mais
fotos e os depoimentos completos na edição de outubro da GQ, nas bancas nesta sexta-feira (28).
Fonte: Globo.com
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